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Vale a pena comprar imóveis e veículos em leilões?

25/08/2025

Entenda como os leilões funcionam e conheça os riscos e as vantagens de comprar bens leiloados.

Os leilões existem desde a antiguidade. Eles eram usados por comerciantes para vender produtos de forma rápida, muitas vezes, para liquidar estoques ou negociar mercadorias raras. Já foram palco até de casamentos forçados e disputas entre nobres. Com o passar do tempo, os leilões se modernizaram e hoje, com um clique, é possível dar um lance em um imóvel ou carro a quilômetros de distância.

Na atualidade, os leilões cumprem uma função essencial na economia: conectam vendedores que precisam se desfazer de bens com compradores em busca de oportunidades. Mas será que vale a pena comprar bens como carro ou imóvel em leilão?

Nesta matéria, você vai entender como esse universo funciona, conhecer os riscos e potenciais vantagens de comprar em leilões e descobrir tudo o que precisa ser levado em conta antes de dar o primeiro lance.

Por que imóveis, carros e outros bens vão parar em leilões? 

Existem várias razões que levam um bem a ir a leilão, mas a principal delas é a inadimplência. Imóveis, por exemplo, podem ser penhorados e vendidos em leilão por falta de pagamento de dívidas, como financiamentos imobiliários, IPTU, taxas de condomínio, entre outras. A situação mais comum é a de proprietários que não conseguem pagar as parcelas do financiamento e acabam perdendo seus imóveis para o banco credor. 

No caso dos carros, muitos são levados a leilão após processos de recuperação judicial, renovação de frota de grandes empresas, ou, então, por terem sido apreendidos em operações policiais. Assim como os imóveis, também existem casos de automóveis que foram financiados, mas não tiveram as parcelas quitadas e, portanto, foram a leilão.

Produtos apreendidos ou abandonados após a importação em ações de fiscalização do comércio exterior também podem ser leiloados pela Receita Federal. É comum encontrar veículos, eletroeletrônicos e roupas, por exemplo, assim como itens de colecionadores.

O que você pode comprar em leilões

A variedade de produtos em leilões pode surpreender. São vendidos desde bens caros, como imóveis e automóveis, a relógios e objetos decorativos. Veja os itens mais comuns encontrados em leilões:

  • Imóveis: casas e apartamentos novos e usados, salas e prédios comerciais, terrenos e áreas rurais
  • Automóveis e motocicletas
  • Máquinas industriais e agrícolas
  • Peças automotivas
  • Móveis, eletrodomésticos e eletrônicos
  • Objetos de arte, antiguidades e decoração
  • Roupas, calçados, relógios e utensílios domésticos (em leilões da Receita, por exemplo)

O que são leilões e quem promove essa modalidade de venda

Leilões são um tipo de venda pública em que os bens são comprados pelos participantes que oferecem o lance mais alto, ou seja, o maior valor. Cada tipo de leilão tem as suas regras previamente definidas, que devem ser conhecidas pelos interessados. Existem diversos tipos de leilões, com diferentes finalidades e formas de organização. Conheça os principais.

Leilão judicial

Ocorre por ordem da Justiça para quitar dívidas de pessoas físicas ou jurídicas. É comum em processos de falência, inventários ou cobrança de dívidas. São promovidos por leiloeiros oficiais autorizados pelo Judiciário.

Leilão extrajudicial

Acontece fora do ambiente judicial, geralmente por iniciativa de bancos, financeiras ou empresas que buscam recuperar prejuízos em casos de inadimplência. Muito comum em imóveis e carros financiados e retomados por falta de pagamento. As construtoras também podem realizar leilões de imóveis financiados diretamente, em fase de incorporação ou obra administrativa, nos casos em que casas e apartamentos vendidos na planta não são quitados pelos compradores.

Leilões de imóveis

Incluem casas, apartamentos, terrenos e propriedades rurais. Podem ser vendidos em processos judiciais ou extrajudiciais. Muitas vezes os preços estão abaixo do valor de mercado, mas é essencial checar a situação legal do imóvel.

Leilões de bens da União

Organizados por órgãos públicos como Receita Federal, Polícia Federal ou prefeituras. Envolvem bens apreendidos em revistas alfandegárias e podem ir de carros a eletrônicos, roupas e até aviões.

Leilões online

São realizados via internet, por plataformas especializadas. Tornaram-se populares por facilitar o acesso de compradores de todo o país e reduzir custos operacionais. Para encontrar esses sites, basta fazer uma busca na internet e pesquisar a idoneidade do organizador no Reclame Aqui, listas organizadas por Procons, comentários e avaliações de usuários.

Como funcionam os leilões: regras, lances e onde encontrar

Participar de um leilão pode ser uma ótima oportunidade para adquirir bens por valores abaixo do mercado. Antes de dar o primeiro lance, contudo, é necessário entender as regras básicas,que garantem segurança e transparência para compradores e organizadores.

  • Edital: todo leilão tem um edital, que funciona como o "contrato" do evento. Ele traz todas as informações sobre os bens à venda, condições de pagamento, taxas, prazos e possíveis dívidas vinculadas ao bem.
  • Lances: o valor mínimo é definido pelo organizador. Os participantes fazem lances progressivos, e quem der o maior valor até o final do prazo leva o bem.
  • Como participar: para dar lances, é necessário se cadastrar no site do leiloeiro e aceitar os termos. Também é possível visitar os bens antes do leilão, se houver essa previsão no edital.

Onde encontrar leilões

Você pode acompanhar a abertura de leilões em sites especializados (como Superbid, Sodré Santoro, Freitas Leiloeiro e outros), editais de tribunais ou nos portais oficiais dos órgãos públicos. 

Também é possível buscar junto às próprias instituições financeiras, que promovem leilões online de imóveis financiados por elas. A melhor maneira de encontrar é procurar no Google por “leilão” + nome da instituição financeira. Em geral, elas têm sites específicos para os leilões. No caso de imóveis, outro caminho é buscar as palavras “leilão” + “construtora” para descobrir os leilões promovidos esporadicamente pelas construtoras.

Taxas e custos envolvidos na compra de itens em leilões

Além do valor da compra, existem algumas taxas e impostos obrigatórios envolvidos no leilão, chamados de custos de arrematação. Dentre eles estão a comissão do leiloeiro, que corresponde a um percentual sobre o valor final do item adquirido.

Se o leilão é imobiliário, entra também o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e despesas com a escritura e registro em cartório, além de eventuais gastos com a regularização da documentação do imóvel. As cobranças variam de acordo com o tipo de leilão — judicial ou extrajudicial — e com as regras específicas definidas no edital. 

Quando vale a pena (ou não) comprar em leilão

O grande atrativo dos leilões são os descontos nos preços dos itens: em leilões judiciais, os bens podem sair até 50% abaixo do valor de mercado, de acordo com o portal Âmbito Jurídico. Nos extrajudiciais a economia pode chegar a 90%. Quanto maior o desconto, melhor a negociação, uma vez que o comprador fica responsável pelo pagamento dos possíveis débitos, como impostos e condomínios atrasados.

No final de abril de 2025, um apartamento de 60m² na Zona Leste de São Paulo podia ser encontrado por R$200 mil em um leilão judicial, por exemplo, enquanto imóveis semelhantes no mercado comum custam cerca de R$300 mil, um desconto de aproximadamente 30%. Já um veículo 2022, com 40 mil km, podia ser arrematado por R$45 mil em leilão, quando o mesmo modelo no mercado tradicional sai por R$60 mil. Ainda assim, é essencial verificar se há débitos ou necessidade de reparos.

Muitas incorporadoras também fazem leilões de unidades não pagas por antigos compradores. Nessas situações, é possível adquirir imóveis novos com bons descontos, mas sem a possibilidade de financiamento.

Assim, comprar um bem em leilão pode ser um ótimo negócio, mas não é uma escolha que deve ser feita por impulso. É importante avaliar o seu perfil, sua disponibilidade financeira e o objetivo da compra. Leilões exigem planejamento, paciência e atenção aos detalhes legais. Em alguns casos, a economia compensa os riscos; em outros, pode acabar saindo mais caro do que comprar pelo mercado tradicional.

Vale a pena quando

  • Você tem dinheiro à vista (leilões não aceitam financiamento convencional)
  • Tem disposição para esperar a liberação do bem (no caso de ocupação, por exemplo)
  • Pode assumir eventuais custos extras (dívidas de IPTU, condomínio, reformas)

Não vale a pena quando

  • Você precisa do bem com urgência
  • Não tem reserva para eventuais custos imprevistos
  • Não leu com atenção o edital ou desconhece o funcionamento legal do leilão

Benefícios de compras em leilões

  • Preços abaixo do mercado
  • Diversidade de bens disponíveis
  • Oportunidades para investidores ou quem quer economizar
  • Possibilidade de adquirir imóveis de alto padrão com descontos

Riscos e cuidados ao comprar em leilões

Apesar das vantagens, os leilões exigem atenção redobrada. Existem riscos que podem transformar uma aparente barganha em uma dor de cabeça, especialmente para quem entra nesse mercado sem preparo.

Adquirir um imóvel ocupado, por exemplo, por ser um problema. Nesses casos, o processo de desocupação pode ser longo, envolver ações judiciais e, até que seja resolvido, o comprador não poderá usufruir da propriedade. Já no caso dos veículos, muitos não são vistoriados antes do leilão e podem apresentar avarias ocultas. O risco é todo do comprador, que assume o bem no estado em que se encontra, sem garantias.

Outro ponto importante são as dívidas embutidas. Em alguns leilões, o arrematante herda pendências como IPTU, taxas de condomínio atrasadas, ou até multas e encargos. Por isso, é essencial analisar o edital com cuidado para entender exatamente o que está sendo negociado.

Para evitar problemas, é muito importante ler o edital com atenção - ele é a principal fonte de informações sobre o bem e suas condições. Sempre que possível, consulte um advogado ou especialista, principalmente em leilões judiciais, que costumam ter mais detalhes técnicos e jurídicos. Visitar o imóvel ou conhecer o carro antes do leilão, se essa opção estiver disponível, também ajuda a evitar surpresas. E, claro, certifique-se de que o leiloeiro é autorizado a atuar, consultando seu CNPJ e registro oficial.

Por fim, é importante lembrar: o arremate é um compromisso definitivo. Se você der um lance e desistir depois, pode ser penalizado com multas e outras consequências legais. Por isso, só participe se estiver seguro da sua decisão e preparado para cumprir com todas as obrigações.

Cuidado com golpes e tentativas de fraudes

Na hora de buscar alternativas em leilões, fique atento às tentativas de fraudes. São comuns as denúncias de leilões falsos, com ofertas tentadoras, criadas para atrair pessoas para sites que capturam dados ou exigem pagamentos antecipados para “reserva” daquele item que chamou a sua atenção. Para se proteger, sempre verifique se o site é oficial, se o leiloeiro é credenciado na Junta Comercial do seu estado e se há CNPJ e dados de contato confiáveis.


 
Fonte: https://meubolsoemdia.com.br/Materias/vale-a-pena-comprar-em-leilao

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